sábado, 21 de agosto de 2010

Reflexo na lâmina da espada

Você tem a impressão de que às pessoas à sua volta não estão vivendo. Apenas existindo.
Você tem a impressão de que você vibra em uma frequência diferente das demais. Ou que tem alguma coisa errada que só você percebe.
Você tem a impressão de que está faltando alguma coisa.

Conforme você vai vivendo, conforme se afasta de seu castelo para lutar batalhas distantes, às vezes se esquece de quem você realmente é.

O bom cavaleiro errante levava um lenço, para se lembrar de sua Dulcineia.

Se lembrar de quem vc é é recordar o que realmente é importante. O que realmente vale a pena.
O que não é apenas uma sombra.
E há algumas formas de se lembrar de quem você é.
Rever um filme, reouvir uma música, reler um livro,

ou retornar a seu preceptório. Ou reencontrar os cavaleiros com os quais vc certa vez lutou.
Ainda que vc não mais lute ao lado deles fisicamente, lá estão eles.

Pode avistá-los defendendo-o, a direita, com seu escudo?

Há várias batalhas, mas apenas uma guerra. Não nos esqueçamos de nossa honra. De nossa missão.

Will the orator songs remain as well?

No one will ask for the name of the one who tells these stories...

domingo, 15 de agosto de 2010

A simbologia da Espada

-Quem é o melhor no uso da espada? perguntou o guerreiro ao mestre.
-Vá até o campo perto do castelo, disse o mestre. Ali existe uma rocha. Insulte-a.
O guerreiro, surpreso, retrucou: -Porque devo fazer isto? A rocha jamais me responderá de volta.
-Então, ataque-a com sua espada, disse o mestre.
-Tampouco farei isto, respondeu o discípulo. Minha espada se quebrará se o fizer. E se atacá-la com minhas mãos, ferirei meus dedos sem conseguir nada. Mas minha pergunta é outra: quem é o melhor no uso da espada?
-O melhor no uso da espada é aquele que se parece com uma rocha, disse o mestre. Sem desembainhar a lâmina, consegue mostrar que ninguém poderá vencê-lo.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Me encontre no meio do caminho...

Certa vez Buddha, na época ainda principe Siddhartha Gautama, ou melhor, talvez não mais príncipe, havia abdicado de toda a sua riqueza e fora meditar próximo a um rio na índia afluente do Ganges.
Ele tinha levado seu corpo ao extremo, abdicando até mesmo de comida, diziam que ele comia um grão de arroz por semana.
A mortificação corporal, acreditavam alguns, era o caminho para a purificação e iluminação.
Ao abdicar das coisas próprias da matéria atingiriam a iluminação espiritual. E assim o fez Siddhartha

Porém, um dia, meditando, Siddhartha escuta passar em um barco um tocador de citára com seu jovem filho e aluno.

E eis que ele interrompe sua meditação e passa a prestar atenção no barco que está a passar e escuta a lição do tocador de citára ao filho:

- "Preste bastante atenção agora... ao colocar a corda na citára se você deixa-la frouxa demais ela não vai produzir som algum, mas se você esticar demais a corda, ela irá arrebentar, a tensão tem que ser ideal para que o som possa ser produzido da maneira correta" -

E eis que já chegando à iluminação aquilo atingiu Siddhartha como a um raio.
Ele imediatamente se levantou e andou até o rio. Começou a se banhar e a beber a água. Uma jovem que ali passava ofereceu a ele uma vasilha de arroz, pois ele parecia um mendigo faminto.

Ele pegou a vasilha e comeu o arroz. Seus antigos seguidores da mortificação corporal olhavam admirado e então Siddhartha os convidou: "Venham... comam... o caminho ideal é o caminho do meio... a corda muito frouxa não produz som... muito tensa ela arrebentará... o caminho correto é o caminho do meio."

Então seus seguidores, cegos numa fé extremista e radical lhe viraram as costas.

Siddhartha colocou a vasilha no rio e pediu: "Se eu for digno de atingir a iluminação, se for meu destino, que essa vasilha boie rio acima"

E assim se fez e a vasilha boiou rio acima.


Desta forma Siddhartha Gautama, o Buddha, nos ensinou o caminho do meio, livre de extremos. E ainda hoje podemos levar essa filosofia a vários campos da vida, não apenas o religioso.

Os extremos nos fazem mal e nos induzem ao erro... A ausencia de religião e o fanatismo religioso, A Gula e a Anorexia, O Excesso de Trabalho e a preguiça.

Tudo deve ser comedido, devemos sempre tomar o caminho do meio.

Inclusive em nossas relações para com os próximos a quem temos carinho, não podemos pedir a ele mais do que ele próprio ou nós mesmos podemos dar.

Devemos encontra-lo no meio do caminho, para que apanhando-o possamos ajuda-lo a evoluir e crescer e seguir junto conosco se assim o desejarmos.

como disse uma vez um cavaleiro: "Reerguei o que esmorece, mantende-vos junto ao que está só ou enfrenta desafio maior que o vosso..."

Devemos sempre equilibrar trabalho e diversão, prazer de comer e boa alimentação, exercicio fisico e mental. Afim de podermos manter a balança do nosso corpo equilibrada e a citára de nossa saúde físico-mental com a tensão ideal em nossas cordas, evitando assim enfermidades.


A chave da verdadeira felicidade, da longevidade, da saúde perfeita, da sabedoria, da inteligencia e do sucesso, do verdadeiro amor, da fraternidade e do companheirismo está nessa máxima, a ausência completa de extremos, no caminho do meio.

Assim nos Ensinou Siddhartha Gautama, O Buddha