sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Me encontre no meio do caminho...

Certa vez Buddha, na época ainda principe Siddhartha Gautama, ou melhor, talvez não mais príncipe, havia abdicado de toda a sua riqueza e fora meditar próximo a um rio na índia afluente do Ganges.
Ele tinha levado seu corpo ao extremo, abdicando até mesmo de comida, diziam que ele comia um grão de arroz por semana.
A mortificação corporal, acreditavam alguns, era o caminho para a purificação e iluminação.
Ao abdicar das coisas próprias da matéria atingiriam a iluminação espiritual. E assim o fez Siddhartha

Porém, um dia, meditando, Siddhartha escuta passar em um barco um tocador de citára com seu jovem filho e aluno.

E eis que ele interrompe sua meditação e passa a prestar atenção no barco que está a passar e escuta a lição do tocador de citára ao filho:

- "Preste bastante atenção agora... ao colocar a corda na citára se você deixa-la frouxa demais ela não vai produzir som algum, mas se você esticar demais a corda, ela irá arrebentar, a tensão tem que ser ideal para que o som possa ser produzido da maneira correta" -

E eis que já chegando à iluminação aquilo atingiu Siddhartha como a um raio.
Ele imediatamente se levantou e andou até o rio. Começou a se banhar e a beber a água. Uma jovem que ali passava ofereceu a ele uma vasilha de arroz, pois ele parecia um mendigo faminto.

Ele pegou a vasilha e comeu o arroz. Seus antigos seguidores da mortificação corporal olhavam admirado e então Siddhartha os convidou: "Venham... comam... o caminho ideal é o caminho do meio... a corda muito frouxa não produz som... muito tensa ela arrebentará... o caminho correto é o caminho do meio."

Então seus seguidores, cegos numa fé extremista e radical lhe viraram as costas.

Siddhartha colocou a vasilha no rio e pediu: "Se eu for digno de atingir a iluminação, se for meu destino, que essa vasilha boie rio acima"

E assim se fez e a vasilha boiou rio acima.


Desta forma Siddhartha Gautama, o Buddha, nos ensinou o caminho do meio, livre de extremos. E ainda hoje podemos levar essa filosofia a vários campos da vida, não apenas o religioso.

Os extremos nos fazem mal e nos induzem ao erro... A ausencia de religião e o fanatismo religioso, A Gula e a Anorexia, O Excesso de Trabalho e a preguiça.

Tudo deve ser comedido, devemos sempre tomar o caminho do meio.

Inclusive em nossas relações para com os próximos a quem temos carinho, não podemos pedir a ele mais do que ele próprio ou nós mesmos podemos dar.

Devemos encontra-lo no meio do caminho, para que apanhando-o possamos ajuda-lo a evoluir e crescer e seguir junto conosco se assim o desejarmos.

como disse uma vez um cavaleiro: "Reerguei o que esmorece, mantende-vos junto ao que está só ou enfrenta desafio maior que o vosso..."

Devemos sempre equilibrar trabalho e diversão, prazer de comer e boa alimentação, exercicio fisico e mental. Afim de podermos manter a balança do nosso corpo equilibrada e a citára de nossa saúde físico-mental com a tensão ideal em nossas cordas, evitando assim enfermidades.


A chave da verdadeira felicidade, da longevidade, da saúde perfeita, da sabedoria, da inteligencia e do sucesso, do verdadeiro amor, da fraternidade e do companheirismo está nessa máxima, a ausência completa de extremos, no caminho do meio.

Assim nos Ensinou Siddhartha Gautama, O Buddha

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